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Após mortes por metanol, Abrasel orienta bares de MS a descartar bebidas suspeitas

  • midiacampograndems
  • 30 de set.
  • 2 min de leitura

Os casos apresentam padrão inédito e diverso dos que eram, até então, registrados no Brasil


Polícia mira adulteração de bebidas destiladas (Ilustrativa, Freepik)
Polícia mira adulteração de bebidas destiladas (Ilustrativa, Freepik)

O Ministério da Saúde monitora os casos de intoxicação por metanol que levaram a três mortes no estado de São Paulo, após o consumo de bebidas alcoólicas “batizadas”. Em Mato Grosso do Sul, não há casos confirmados; no entanto, a unidade regional da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) mobiliza a orientação de estabelecimentos para o descarte de produtos suspeitos de adulteração.


Segundo o presidente da Abrasel-MS, João Francisco Denardi, a entidade está atenta ao cenário de alerta após os casos registrados na capital paulista. Ele destaca que a falsificação e adulteração de bebidas são crimes graves contra o consumidor, que colocam em risco a saúde da população e geram prejuízos diretos aos estabelecimentos sérios e comprometidos com a legalidade.


“A entidade também reforça a recomendação do Ministério da Justiça de que bares e restaurantes, diante de qualquer suspeita, suspendam a venda da bebida e comuniquem as autoridades, estando atentos a preços baixos, lacres tortos, erros de impressão e odor semelhante ao de solventes, que devem ser tratados como suspeita de adulteração”.


Fiscalização regional


Ainda, a orientação é que os estabelecimentos sempre procurem comprar os produtos de distribuidores reconhecidos e confiáveis. “A Abrasel-MS está buscando, ainda, junto às autoridades locais, medidas para evitar que situações como esta aconteçam em Mato Grosso do Sul”, diz.


De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a Vigilância Sanitária de Campo Grande segue as fiscalizações de rotina previamente estabelecidas, nas quais também são verificadas a qualidade e a procedência das bebidas que estão sendo ofertadas nos estabelecimentos.


Contudo, até o momento, não foi identificado nenhum caso de substância adicionada ou bebida adulterada na cidade.


Protocolo estabelecido

O Comitê Técnico do SAR (Sistema de Alerta Rápido) do Governo Federal confirmou 10 casos até a segunda-feira (29), relacionados ao consumo de bebida alcoólica em São Paulo. Até o final desta tarde, três óbitos foram oficialmente atestados pelo Laboratório de Toxicologia Analítica do CIATox-Campinas, com base na identificação de um novo padrão registrado desde o dia 1º de setembro.


Portanto, uma força-tarefa foi mobilizada para as investigações sobre os envolvidos e a comercialização dos produtos adulterados. O trabalho é coordenado pela Senad-MJSP (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública).


Um alerta foi emitido a todos os Procons do país, com orientações voltadas a fornecedores e consumidores sobre a segurança na comercialização e no consumo de bebidas alcoólicas.

O Ministério da Saúde monitora a situação junto ao estado de São Paulo, responsável pelo atendimento dos casos, e reforça que todas as unidades de saúde, em especial a rede de urgência e emergência, devem seguir o protocolo de notificação para casos suspeitos de intoxicação exógena.


O Ministério da Agricultura e Pecuária está levantando informações para a adoção das medidas necessárias e avaliação de eventuais ações de fiscalização.





 
 
 

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