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Frigoríficos de MS já encontram novos mercados para a carne que iria para os EUA

  • midiacampograndems
  • 22 de jul.
  • 2 min de leitura

JBS envia lotes para China, Chile, Oriente Médio e Filipinas após tarifaço; abates já voltaram ao normal nas indústrias frigoríficas


Frigoríficos de MS já exportam para novos mercados após tarifaço - Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado
Frigoríficos de MS já exportam para novos mercados após tarifaço - Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

As plantas frigoríficas de Mato Grosso do Sul que exportam carne bovina para os Estados Unidos já redirecionaram suas produções para outros mercados. O Correio do Estado apurou que o grupo JBS, o maior exportador do Estado, redirecionou os lotes para China, Chile e outros mercados. 


Fontes ouvidas pela reportagem afirmaram que, além dos dois principais destinos (China e Chile), a produção do grupo também foi redirecionada para países do Oriente Médio e Filipinas. 


Consultado sobre o redirecionamento, o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicadems), Alberto Sérgio Capuci, confirmou que todos os frigoríficos que enviam carne bovina aos Estados Unidos já normalizaram os abates e redirecionaram a produção para outros países. 


“Sim, já está tudo normal, foi tudo redirecionado”, confirmou Capuci, além da JBS, Minerva e Naturafrig também enviam carne aos Estados Unidos. 


O redirecionamento da produção é a segunda reação das indústrias frigoríficas de Mato Grosso do Sul. A primeira decisão, divulgada com exclusividade pelo Correio do Estado, foi a de suspender as exportações para o país norte-americano imediatamente após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 50% todas as exportações brasileiras a partir de 1º agosto. 


O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, havia adiantado que havia a possibilidade de as indústrias acessarem novos mercados em decorrência do novo status de MS de área livre de aftosa sem vacinação.


“Isso é um fator extremamente positivo, porque vários mercados que a gente não acessava até então podem ser acessados agora exatamente em função dessa restrição americana”.


Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) apontam que as vendas de Mato Grosso do Sul aos EUA somaram US$ 315 milhões (R$ 1,7 bilhão) de janeiro a junho deste ano, ante US$ 283 milhões no mesmo período do ano passado (R$ 1,4 bilhão) – alta de 11,4%.


Somente a carne bovina teve alta de 78% nas exportações entre os dois anos, saindo de US$ 81,434 milhões, no primeiro semestre do ano passado, para US$ 145,201 milhões, no primeiro semestre deste ano. 


A depender da velocidade com que o Brasil consegue redirecionar sua produção e negociar com os Estados Unidos, os efeitos podem ser amenizados. No entanto, como advertiu o economista Eduardo Matos, o impacto não deve ser subestimado. 


“No curto prazo, logicamente, haverá efeitos negativos. No entanto, no médio e no longo prazo, eu vejo uma normalização do comércio internacional, até mesmo porque essa questão não é favorável nem mesmo para os Estados Unidos, tampouco para o Brasil”.


 
 
 

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