Incêndio consome Serra do Amolar há 14 dias e fumaça encobre santuário no Pantanal;
- midiacampograndems
- 13 de out.
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Nestas duas semanas, área equivalente a de 30 mil campos de futebol já foram consumidas na região. Áreas remotas em chamas têm dificultado o acesso dos brigadistas para o combate.

O incêndio que atinge a Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, já consumiu cerca de 30 mil hectares de vegetação em 14 dias, uma área equivalente a 30 mil campos de futebol. O dado é do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que atua na região.
Atuam no local 46 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Homem Pantaneiro, Defesa Civil estadual e grupos voluntários. Também são usadas duas aeronaves da Defesa Civil e um helicóptero do Ibama.
“Estamos com 30 brigadistas em campo, além de 10 do IHP, seis da Brigada de Coa e apoio do Corpo de Bombeiros. Todos trabalham juntos em pontos diferentes da serra”, explicou Márcio Yule, coordenador do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Parte da equipe precisou acessar a área do fogo pela Bolívia, já que o acesso por terra é mais fácil pelo lado boliviano. Do lado brasileiro, só é possível chegar de barco ou avião. O governo boliviano autorizou a entrada dos brigadistas.
“Diariamente fazemos o reconhecimento da área e priorizamos a proteção de moradias e zonas em recuperação ambiental”, afirmou Yule.
As chamas começaram no topo de uma morraria, a cerca de 900 metros de altitude, e se espalharam rapidamente com o vento e o calor. A situação exige esforço contínuo das equipes, que atuam sem hora para encerrar os trabalhos, inclusive durante a madrugada.
O incêndio que atinge a Serra do Amolar começou no dia 27 de setembro. Conforme o IHP, o incêndio foi causado pela queda de um raio na região.
O incêndio ameaça milhares de espécies que vivem na região. São cerca de 3,5 mil tipos de plantas, 325 espécies de peixes, 53 de anfíbios, 98 de répteis, 656 de aves e 159 de mamíferos. Além da biodiversidade, a região tem importância significativa para o ciclo de cheia no Pantanal.



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