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Indígenas Guarani-Kaiowá deixam fazenda em Caarapó e retornam à área de retomada

  • midiacampograndems
  • 27 de out.
  • 1 min de leitura

Grupo afirma que ação foi motivada por sequestro de adolescente e contaminação por agrotóxicos


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Indígenas teriam incendiado sede da fazenda Ipuitã, em Caarapó (Foto: Reprodução)


Os indígenas Guarani-Kaiowá que ocuparam a sede da Fazenda Ipuitã, na manhã de sábado (25), em Caarapó (MS), a 274 km de Campo Grande, deixaram o local no mesmo dia. Segundo o coordenador do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Matias Rempel, o grupo voltou para a área de retomada onde estava desde 21 de setembro .


A comunidade alega que, desde 2019, vem denunciando casos de intoxicação pelo uso de agrotóxicos próximo à área ocupada. Por isso, deve permanecer na Terra Indígena Guyraroká, onde aguarda providências das autoridades em relação às reivindicações de que a Terra Indígena não seja mais contaminada. O Cimi confirmou o sequestro da adolescente, que teria sido resgatada na sede da fazenda, e negou a presença de indígenas armados.


O caso reacende o histórico de tensões na região, marcada por disputas fundiárias e reivindicações indígenas em torno da demarcação de terras. A Fazenda Ipuitã está sobreposta ao território tradicional, que teve 11,4 mil hectares reconhecidos como posse indígena pelo Ministério da Justiça em 2009.


Em 2014, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) anulou a demarcação, aplicando a tese do marco temporal, sem consultar a comunidade. Hoje, apenas 50 hectares permanecem ocupados pelas famílias na Terra Indígena Guyraroká.


 
 
 

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